domingo, 9 de março de 2014

Frasco

Verdade que não me doeu como na adolescência, acho que nada dói como a adolescência, mas chegar em casa e adormecer é quase impossível, é impossível não pensar em você, em pensar que na cama vazia poderia ter um corpo quente para dividir tal espaço. Não irei chorar de forma como disse, mas as vezes essa tal vontade vem e eu me seguro.
Era um sorriso e uma sintonia que me encantava, “parecia que ia durar”. Antes de dormir fico cismada, quando bêbada bolada, me explica me tira essa dor, talvez seria melhor enlouquecer, cometer loucuras e uma quantidade demasiada de erros, ao menos faria sentido, talvez doesse menos, talvez fosse aceitável.
É um medo, um horror. Que tipo de ser sou?
Não acredito em par perfeito, não acredito em metade, acredito em pessoas que se somam. Talvez eu não tenha o que adicionar talvez eu seja apenas um frasco vazio e furado.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Feliz Aniversario rs

Eu nunca gostei de aniversario, quando criança era sempre uma época ruim de grana para o meu pai, eu nunca tive um bolo quando pequena. Aos 8 meu irmão teve uma festa de aniversario legal e queria uma festa assim também, mas meus pais não tiveram condições então nunca tive festa.
Me primeiro bolo foi aos 20, eu não sabia o que fazer com o primeiro pedaço, acabei por fazendo “errado”, desde então não importa quem me de o bolo, o primeiro pedaço sempre é meu. Eu nunca quis crescer, queria ser como o Peter Pan, sonhava em achar a terra do nunca e nunca crescer e nunca me preocupar com os anos passando.
Após os 18 as coisas pioraram, pois me entristecia por os anos estarem me alcançando, mas a gente tratou de “bebemorar” com boas doses e boas latas geladas, não posso reclamar. Me ocorre que não é gostar ou desgostar, é apenas um ano a mais ou a menos, talvez para o que estão a minha volta especial, se importam, querem que seja especial e de alguma forma se torna especial.
Hoje vi alguém que se importa, que não liga de ficar velha, que gosta que seja uma data de um dia muito feliz. Me peguei achando bonito, ficando feliz por fazer parte disso.
Que bom que o mundo é de uma forma a cada par de olhos.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Passando

Parei de escrever porque cansei de falar daquilo que eu não vivia. Nunca fui do tipo que
abraça que demonstra, mas sempre fui do tipo romântica, que ama e ama muito.
Mas, ama o que, ama quem? Amo quem não conheço e quem não tem interesse por me
conhecer e isso dói.
Isso dói. É engraçado pensar que já faço isso há tantos anos e é um vicio.
Sinto me perdida e já não sou uma simples adolescente. Sou uma adulta e
começo temer ser uma pessoa frustrada...
Já ouvi dizer que a gente não ama o objeto ama o que idealizamos o que criamos em nossas mentes ou seja ama o desejo, por isso tanta frustração, mas como não idealizar? Temos nossas necessidades e é impossível não sonhar, eu já não busco alguém perfeito, eu nunca busquei, só quero alguém que me some, que me queira também, mas por vezes me pego pensando se isso é realmente importante e me pego com dificuldade na resposta.
A vida passa muito rápido e ao mesmo tempo lenta, o tempo é um monstro nos pregando peças nos fazendo peças.
Eu já não vejo tantas razões, já não deixo tantos sonhos no colchão... Por
vezes são medos e desilusões..

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Ressaca Sentimental

Tinha uma placa logo acima do balcão que dizia “Proibido fumar” de forma que paguei minha bebida e sai, acendi um cigarro e fiquei observando o céu escuro, nuvens pareciam se formar, de alguma forma sentia que o céu refletia um pouco o que havia no meu coração. Era uma menina linda e me despertou um sentimento bom, as conversas seguiram alegres e com uma sintonia boa, porem apesar de querê-la perto de mim, aos poucos notei que para ela não era assim.
Foi uma sexta comum, gente saindo, gente feliz para todos os lados, mas eu só precisava de uma bebida e um cigarro, talvez duas ou três bebidas e talvez mais alguns cigarros, porém fui caminhando para casa me sentindo cada vez mais só e algo em mim estava contente com isso, talvez pela estabilidade pelo costume de estar sempre só. Não podia culpar ninguém pelos meus fracassos e nem citar alguém por minhas glorias era apenas eu e aquela alma jovem que tinha cruzado o meu caminho e dias atrás me feito sorrir ao ler uma mensagem no visor do celular, não podia compreender de maneira alguma o que sentia com sua ausência ou presença.
Passagem de ano costuma nos trazer esperanças e eu sempre tinha sido muito intensa e quando criança não era boa com percas, hoje uma jovem adulta e elas já não me perturbam tanto, ao menos já não me fazem mais chorar. Tiro conclusões prematura sobre a vida, talvez seja apenas insegurança e a falta de estabilidade, ainda falta equilíbrio e alguns dias doces.
E amor não é para ser descrito e sim vivido e nesse caso meus caros já não me cabe a experiência apenas a observação pouco concentrada ao meu redor. Diria que fosse o álcool se naquele dia tivesse escolhido mais algumas dose, mas não, foi a ausência mesmo e um pouco de desesperança após tanta esperança e expectativa, horas era ano novo, como me culpar por tal sentimento?

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Apenas palavras e que não sejam só palavras!

O ano acabou e eu não postei nada de fim de ano RS, passei dezembro inteiro falando que ia postar algo, porem dezembro foi cheio demais este ano, foi muitas emoções e lembranças para descrever, seria injusto descrever apenas uma. Pereira Barreto, Ilha Solteira, São Paulo e Guarulhos, é esse ano deu para fazer tudo, as pressas mas estive e estou, primeiro texto do ano em Guarulhos, com pessoas que tem o meu sangue e que conheço tão pouco e que de alguma forma amo.
Primeiro texto do ano, não me dou o luxo de usar de frases ocultas, quero um ano limpo, produtivo, colorido de coisas boas, que eu esteja pronta e madura para qualquer coisa de ruim. Que venham os amores, as dores e o aprendizado com tudo, que a fé e a disposição se façam presentes!
Obrigada Senhor por mais um ano que passou e mais um ano que chegou.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Musa


E meu coração apontou na memória a musa que eu tanto ansiava, a mulher que ia mudar minha historia e fazer todo verão voltar. Meu coração explodiu de alegria quando aquela ele voltou a encontrar e caiu na tristeza ao ver que ela já encontrara a quem o coração chamar.
Como para ele explicar que aqueles olhos verdes nunca vão me olhar? Só a vi tão pouco e a tanto tempo, mas parece que a conheço só de observar seu jeito, seus textos e seu posar.
Mulher de expressão, boca, seio e andar, me chamando a atenção me colocando a delirar.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Uma Ilusão

Ela me mandou uma carta neste verão, imagina a minha surpresa ao receber uma carta e ainda mais com aquela letra desenhada em perfeita harmonia. Olhei a carta com saudades, já passara seis meses desde a ultima e oito que não a via.
A carta dizia que a faculdade lhe consumia todo tempo e que seus pais estavam de férias na Argentina, dizia que às vezes se sentia sozinha, mas lembrava de mim. Qualquer um mandaria um email, mas ela não, dizia que carta era mais seguro e lhe trazia mais emoção, fiquei com vontade de responder por email, pois estava com raiva da demora, porem isso a magoaria.
Musica era sua paixão e eu sempre dizia que ia comprar todos os CDs dela, ela dizia que não, que sempre que lançasse um me presentearia autografado dizendo para a minha mais doce paixão, é o tipo de frase que me roubava sorrisos. Meses depois receberia uma nova carta com novidades de dilacerar meu coração, um novo amor em sua vida surgia como eu já imaginava e temia.
Escrevi-lhe dizendo que a novidade era boa e que lhe desejava muitas alegrias, fiz uma carinha de sorriso no papel no fim da carta enquanto dos meus olhos rolavam lágrimas de incompreensão.
A vida não presta o amor é uma ilusão.