terça-feira, 21 de setembro de 2010

Sonhando.


O fim dela estava contado, engraçado, vivia em capítulos entrelaçados, um já tinha acabado e o outro estava no fim, dias contados! Apesar da tristeza de ter perdido um amor, um alguém que lhe fazia bem, estava bem, não pensava com pesar no que estava por acabar, pelo contrario, vivia torcendo pra tudo melhorar.
Ia perder um caso, um companheirismo, mas quem sabe ganhar dois amigos? Destino perdido!
Sabia que era hora de tomar decisões, estudar, talvez mudar de emprego, quem sabe com sorte ganhar um bom dinheiro? Decidira também, ficar um pouco sozinha, parar e pensar, depois quem sabe se ajeitar e se aconchegar nos braços de um outro alguém?
É a vida parecia um excesso de ponto de exclamação e apesar das incertezas não carregava medos e sim esperança, fé que tudo acabaria bem! Pois esta era uma sonhadora, carregava poucos planos na bagagem e muita historia pra contar, esta era a vida que ela gostava de levar.

sábado, 18 de setembro de 2010

Ultima manha.


Era de fato uma manha triste, eu estava lá, mas eu apenas me via sem ação!
A levei ate a rodoviaria naquela manha, poucas ou nenhuma palavra foi dita no caminho, ela comprou a passagem e eu aguardei, quis esperar com ela, mas ela me impediu, olhei talvez pela ultima vez aqueles cabelos tingidos avermelhados e aqueles olhos escuros mais tristes do que costumava observa-los. Ela disse adeus, tocou-me no rosto por um segundo e se foi.
Eu a olhei por um instante e logo parti, não podia, não conseguia estar ali, precisava andar e conter o vazio que me consumia. Em casa levei meu irmão ao curso, vazio, vazio!
Quando o deixei, não sabia o que fazer, precisava sentir-me em paz, quando em minha cidade natal, corria pro tablado e ficava olhando o rio ate sentir que as aguas que ali corriam levava um pouco da minha tristeza. Mas nessa cidade de loucos onde as coisas costumam ir sempre rápido, me senti perdida, mais perdida do que quando cheguei, neste momento lembrei de uma igreja que meu irmão costumava rezar...
Não sou religiosa, mas precisava de um lugar calmo e me dirigi ate lá, entrei, me ajoelhei, falei um pouco com Deus, pedi pra ele proteção, paz, que me ajudasse a arrumar um rumo pra minha vida e que protegesse todos que eu amo e todos que necessitam Dele. Me acalmei!
Quando ia deixando a igreja sentei-me nos degraus, peguei o celular e mandei uma mensagem, já era tarde e eu precisava trabalhar, antes que pudesse levantar-me, vi uma borboleta negra com dois círculos nas asas, cada circulo de uma cor, um lado azul e o outro vermelho. Nunca tinha visto uma borboleta como aquela ate então, e ela ficou lá, parada, como se estivesse procurando por agua, eu poderia ficar a manha toda a observa-la, mas não podia então parti.
Gosto de pensar que a borboleta foi um presente de Deus, como se ele me abraçasse e dissesse que tudo ficaria bem. Pois era uma ultima manha para apenas mais um capitulo da minha vida...


Nem tudo foi dito, mas nada devia ser dito, mas o que seria de mim sem a escrita para me expressar e liberar um pouco de tudo que me doí, que deixa feliz, com raiva, eletrica e calma?