quarta-feira, 22 de junho de 2016

Tão Jovens

É já não somos tão jovens, o túnel de oportunidades se afinou e mal passamos por ele. A leveza de não possuir nada e não ter nada que nos prenda se tornou peso, a energia e disposição já não é a mesma.
O tempo passou como um monstro e encaramos as marcas de expressão no espelho perigando se tornar rugas. É uma bagagem e tanto. Não tem como olharmos para trás e não ter pelo menos meia dúzia de arrependimentos.
Mas calma, não é o fim dos tempos, a vida não acabou, começou uma era de nostalgia sem fim, mas também ainda é tempo de criar memórias e momentos felizes, realizar sonhos fazer mais alguns, é só a metade da vida, não o final. Daqui dez anos vamos olhar para traz e reclamar que aqueles eram bons tempos e confirmar que nós humanos somos eternos insatisfeitos.
Apesar de não sermos tão jovens sempre seremos jovens para o mundo, sempre algo novo é descoberto e temos que nos adequar, aprender, renovar. Acredito que é isso que nos faz querer viver, poder conhecer um lugar, aprender um jogo novo, rir com os amigos, constituir uma família e ver nossos filhos crescer ou não, pode ser viajar o mundo e viver só ou fazer isso com alguém, afinal felicidade não é uma receita de bolo, cada um tem seu modo de ser feliz.
Na verdade é isso que falta no mundo, a gente parar de rotular a felicidade, cada pessoa é feliz ao seu modo, tem pessoas que são felizes vivendo a vida toda no mesmo lugar, não sente vontade de sair pelo mundo conhecendo novos lugares e pessoas, tem pessoas que precisa viajar o mundo, o vazio de um pode ser o cheio do outro e vice e versa, mas a sociedade insiste em criar padrões. Acredito que toda sociedade precisa de regras, mas também acredito que todas as regras podem ser mutáveis e que todos podem encontrar o seu jeito de ser feliz.
Acredito que possa existir respeito um pelo outro e cada um cuidar de si e ter compaixão pelo outro e acredito mesmo que ainda possamos ser tão jovens!

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Porque você é a melhor namorada do mundo

Quando eu ouvia falar de você, geralmente não era comentários bons. Tão ruins quanto você ouvia de mim.
Louca era a definição preferida deles, te conhecendo logo percebi que eles tinham la sua razão, as vezes acho que se você pudesse me colocar naquela bolinhas de hamster para andar por ai, você me colocaria huahuahua. Esse seu jeito doido de amar assusta, mas também conquista, você é uma pessoa apaixonante e antes de nossas almas, nossos corpos se apaixonaram um pelo outro e por fim nossas almas.
Esse seu jeito todo preocupada e meu jeito desleixado encontraram seu encaixe e esta sendo incrível!
Com carinho Fran.

domingo, 5 de junho de 2016

Uma garota

Lembro-me de um humano em especifico, esse humano não era uma criança, mas ainda não era um adulto, era uma garota. Às vezes essa garota não conseguia dormir, se perdia em seus medos, revirava na cama, ela era diferente, ela não possuía nenhuma deficiência física, mas alguns na sociedade considerava uma doença mental, alguns pecado, um pecado tão grande quanto assassinato ou coisa pior.
Na verdade a sociedade tinha muitas teorias quanto à diferença que a garota possuía, a garota não se preocupava com o que a sociedade pensava, ela sofria por que quem ela mais amava pensava como a sociedade e quando ela não conseguia dormir, só pensava o quanto eles a iriam odiar. Um dia ela acordou e decidiu que tinha direito de ser feliz, de fazer suas próprias escolhas e seguir sua vida, que só ela era dona do seu destino, por mais duro que ele pudesse ser e ela seguiu, mas manteve o segredo de quem era para as duas pessoas que ela não deveria guardar segredos.
E durante a vida dela, ela passou por muita coisa que queria a opinião e o apoio dos pais, mas ela não podia contar com eles, pois ela mantia o segredo muito bem escondido. Os anos passaram e essa garota passou a ser uma mulher, uma mulher que conservava a meninice da garota, mas ainda assim alguém que tinha uma bagagem grande de maturidade, porem o segredo permanecia e se tornava um peso muito grande para se carregar.
Essa garota sou eu, eu não moro com meus pais desde os dezenove anos de idade, sempre que posso vou visitá-los, mas apesar de sentir alegria por ver meus pais, eu sinto também grande tristeza, eles não sabem quem eu realmente sou, nunca ouviram nenhuma historia engraçada de como eu levava fora das garotas nas baladas, nunca souberam o quanto eu fiquei triste quando tive o coração partido pela primeira vez, não sabem do meu primeiro beijo, do quanto eu estava nervosa. Eu sei que tem muita coisa que eles não iam querer saber, mas algumas todo pai e toda mãe deveriam querer saber.
Às vezes penso que se eu morrer amanhã, eles não conheceriam a pessoa que eles estariam enterrando, apesar de amarem. Eu sei que isso não é justo, mas eu ainda tenho o mesmos medos que aquela adolescente tinha a tantos anos atrás, eu sei que isso é covardia, mas é uma covardia mais cruel comigo do que com qualquer um...