terça-feira, 22 de outubro de 2013

Uma Ilusão

Ela me mandou uma carta neste verão, imagina a minha surpresa ao receber uma carta e ainda mais com aquela letra desenhada em perfeita harmonia. Olhei a carta com saudades, já passara seis meses desde a ultima e oito que não a via.
A carta dizia que a faculdade lhe consumia todo tempo e que seus pais estavam de férias na Argentina, dizia que às vezes se sentia sozinha, mas lembrava de mim. Qualquer um mandaria um email, mas ela não, dizia que carta era mais seguro e lhe trazia mais emoção, fiquei com vontade de responder por email, pois estava com raiva da demora, porem isso a magoaria.
Musica era sua paixão e eu sempre dizia que ia comprar todos os CDs dela, ela dizia que não, que sempre que lançasse um me presentearia autografado dizendo para a minha mais doce paixão, é o tipo de frase que me roubava sorrisos. Meses depois receberia uma nova carta com novidades de dilacerar meu coração, um novo amor em sua vida surgia como eu já imaginava e temia.
Escrevi-lhe dizendo que a novidade era boa e que lhe desejava muitas alegrias, fiz uma carinha de sorriso no papel no fim da carta enquanto dos meus olhos rolavam lágrimas de incompreensão.
A vida não presta o amor é uma ilusão.

Desordenadamente

Se observar pelo menos um pouco vai ver que amo com mais intensidade sem ter alvo para paixão, é louco, mas essa sou eu, se meu amor ou falta dele não vai ferir ninguém é mais cômodo amar. Reclamo da solidão como se ela não fosse de fato ao fim do pensar o que mais quero o que mais me da paz ao parar.
De me dois segundos e meu cérebro funde em confusão, não é só seu corpo bonito ou minha ausência de atenção, é algo mais, é um lance de desejo... Amo o sentir não o sujeito entendes?
Eu falo sem parar por vezes eu sei, mas não posso evitar é uma maneira de ter certeza que estou aqui, que sou de carne osso e sentimentos, e sentimentos? Leva-me daqui só essa noite, me obriga a dormir cedo em seus braços e me acorda de lentinho com seus beijos e faz só mais uma vez ser só nós.
Não sei escrever ordenadamente quando o lance é paixão.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A contra mão

Não vou mais ligar para ela não, é eu estava quase pisando na rede e caindo na armadilha, mas foi ela que me sinalizou que não. Como sempre eu me apegando e não me entregando, essa deficiência me quebrando.
Mas essa ideia não vira não, gente como a gente em plena confusão, eu olhando para dentro e você indo à contra mão. Gente assim nem se olha dirá de enrola, foi uma exceção, daquelas loucas como acordar de ressaca em algum colchão.
Menina vê se não liga não, minhas palavras são assim sempre loucas por falta de expressão. Parada tento olhar para frente sem nem notar ao meu presente sempre só, ausente. Dormindo em solidão.