sábado, 30 de maio de 2015

Momentos antes

Eu poderia ter dezenove de novo senão fosse a postura toda desenvolta, o carro, o despojamento. Encostada no carro fumando um cigarro, não passava quase nada na minha cabeça, o frentista me repreendeu dizendo que não poderia fumar ali, apenas assenti e me afastei.
Uma garota desceu de um carro e me pediu um cigarro, apenas peguei o cigarro no bolso e entreguei, sorri, ela perguntou o que houve.
- Me parece menor
- É porque eu sou, mas fica tranqüila que meu pai sabe, alias ele sabe de coisas que nem fiz ainda, mas segundo ele faço ou vou fazer.
Duas garotas vieram ate nós e ela me apresentou, nomes que claro não lembro, me apresentei também, mas de verdade não prestei nenhuma atenção. Tanta gente ali, mas eu estava sozinha, nenhum rosto amigo ou de meu interesse, terminei o cigarro, me despedi e aqui estou.
Quando cheguei lembrei-me do meu irmão comentando que eu sempre chego em casa como um furacão, nunca chego em silencio, verdade, não tomo cuidado para não bater o portão, apenas não acordo a vizinhança inteira, mas barulho é inevitável, eu sou toda barulho, quase nada silencio e muita confusão.