Eu estava la sentada na primeira carteira da direita pra esquerda, quando vi a empresa, logo pensei “É aqui mesmo que desejo trabalhar.” Antes de sair de casa agradeci a Deus quando cheguei La continuei pensando e agradecendo, porem bastou a primeira pergunta após as apresentações e eu já me via a caminho de volta frustrada e brava com Deus.
Eu via minha derrota explicita na cara da entrevistadora, mal conseguia constatar alguma duvida, engraçado isso, saber tão rápido quando se perdeu uma briga, mas eu sabia, eu só não sabia e não sei porque, respondi tudo como devia ser respondido, se não foi bom aos menos mediano foi. Tinha vontade de me levantar e sair, porem eu não podia simplesmente fazer isso e a vida é assim, a luta as vezes esta perdida, mas você é obrigado a continuar, não importa quanto sangue já escorreu do seu rosto.
Naquela sala havia apenas mais duas pessoas com as “mesmas” chances que a minha, destas duas uma conseguiu passar pra segunda etapa, se depois disso ela conseguiu, já não tenho como saber. Sei que eu devia estar feliz por quem conseguiu e de verdade estou, só fiquei triste e revoltada por eu não ter conseguido, não é nada contra eles, o problema é pessoal.
O obrigada que eu deixei antes de eu sair tinha um sabor amargo, tão amargo quanto as lagrimas teimosas que iriam escorrer pelo meu rosto minutos mais tarde, esta derrota teve dor especial. Quando cheguei em casa ainda em fúria e frustração deitei na cama e a única coisa boa era a pessoa que tinha me acompanhado ate La, e que agora em meio a minha tristeza me acariciava e tentava me animar, é ate que ela conseguiu.
Mas não posso deixar de pensar porque Deus faz isso, me abre uma janela e me fecha uma porta. Talvez pra quem não sente a frustração como eu estou sentindo, na pele nos ossos, podem ate pensar em exagero, mas uma derrota após a outra desgasta muito a fé e a força da gente, mesmo assim vou tentar me manter forte, sei o que quero.
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