quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Meus momentos

Mas o mundo me parecia melhor quando olho para trás e deve ser por isso que evito fazer isso, procuro acreditar que não há motivos para voltar, apenas motivos para continuar seguindo, mesmo sem planos não posso parar, porque se paro vem um aperto tentando me sufocar marejando meus olhos e me obrigando a chorar. Quando eu balançava no balanço feito na mangueira do quintal da casa da minha vó, eu só desejava não crescer, como se eu soubesse que aquela e somente aquela seria a melhor fase da minha vida e também a mais feliz.
Não é como se eu não fosse feliz, mas aquelas lembranças me valem mais que ouro, são pedaços bons que ficam na minha cabeça, momentos que peço a Deus para nunca esquecer, pois meio dia de domingo, tinha macarrão, frango fritinho, alface em tirinhas na mesa de madeira, uma senhora e duas crianças com cabelo cor de sol para almoçar!
A comida da avó era com pouco sal, mas para as crianças parecia um banquete magicamente temperado porque a vida era apenas uma grande alegria ali no quintal da avó e não a motivos para voltar porque não se pode voltar, cada momento é único e inalterável.

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