sábado, 4 de dezembro de 2010

Liquido.


Às vezes temos que admitir que simplesmente não sejamos importantes e que por mais que tentemos, não somo capazes de desenvolver nenhuma qualidade, dom ou algo admirável.

Os olhos abriram com dificuldade e ardor, tinha dormido o fim da tarde ate a noite já avançada. Acordou da mesma forma que dormira entalada e doida por dentro, era uma noite quente, tão quente quanto fora o dia, dois ventiladores se encontravam ligados refrigerando o ambiente e ainda sim, se sentia quente.
Acordou sem vontade, acordou pensando que poderia dormir pra sempre, fechou os olhos e viu um reflexo de uma seringa com agulha, não entendia nada de remédios ou venenos, mas mesmo assim imaginou um liquido transparente. Algo que talvez amenizasse sua dor!
Levantou e o corpo lhe parecia pesado, como se não fosse seu, como todos os problemas do mundo estivesse em suas costas, felizmente ou não eram apenas os seus! Era a pouca idade ou o mundo realmente era assim? Um lugar difícil de viver?
Jogou-se em um sofá e deixou algumas musicas tocarem, a medida que as notas se espalhavam no ambiente ela ia se sentindo cada vez melhor, ao menos dessa vez... Era louco o efeito que a musica produzia em algumas pessoas, às vezes as deixam tristes e às vezes é o que faz sorrir, a garota no sofá não tinha sono e se sentia menos triste e um pouquinho de esperança voltava a pulsar em si.
Talvez a voz que se dirigia em tom normal que vinha da sala, se importava afinal. Talvez esse sentimento passasse e não fosse o fim, talvez o fim estivesse longe, como saber?
Porque por mais que pareça pouco simplesmente dói de vez enquanto, mas a gente sempre pode suportar.

“O sono é a maneira que as crianças lidam com o medo.” Mas sempre precisa se acordar!

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