Turbilhão

Era um quarto meio desarrumado, mas limpo. Havia uns livros espalhados sob a mesa e uns rascunhos de poesias caídos pelo chão, um cinzeiro para os amigos que matavam o pouco do tempo que sobrava jogados ali vendo televisão.

Linda, essa é a perfeita definição, era uma beleza acentuada por rebeldia e inteligência, hora encantadora, hora selvagem e difícil de lhe dar. Porem no geral sociável, agradável, impactante e com um brilho no olhar de alucinar.

Quando a vida dela se chocou com a minha, a verdade é que eu não notei hora o mundo anda corrido e eu por nascença sou distraída! Mas ela veio com um papo:
_ Te conheço, você é irmã de um amigo, bom na verdade um conhecido, assunto de trabalho, na verdade agora me foge a memória.
Eu a olhei ia dizer que era filha única e pronto acabou a historia, mas pensei um pouco e concordei, algo nela me intrigou.
_Tenho aula agora me diz teu nome...

Ela sorriu radiante, buscou na bolsa um cartão, com nome e telefone e assim começou mais uma de minhas historias... Hoje não sei mais dela, a vida é assim, um turbilhão com vários momentos, alguns bons outros não, mas ainda devo ter aquele cartão guardado em alguma caixa de sapato enfiada na gaveta ou o armário.